Instruções do Exame

ELETROFORESE DE PROTEINAS [ELP]

Instruções para paciente

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 21/10/2014 15:56:36
PALAVRAS CHAVES
Eletroforese de Alta Resolução.
Eletroforese com gráfico
Quantificação de Proteína M
Quantificação de Proteína Monoclonal
ÁREA
LINHA AZUL
CONDIÇÕES
- Urina 24 horas.
VOLUME RECOMENDÁVEL
- 5,0 mL.
QUESTIONÁRIO
- Informar volume urinário, horário inicial e final da coleta.
INSTRUÇÕES
- Refrigerar a urina desde o início da coleta.
- Não fazer esforço físico durante a coleta.
- O cliente deve manter sua rotina diária.
- Não é necessário aumentar a ingestão de líquidos, exceto sob
orientação médica.
- Mulheres: não realizar a coleta de urina durante o período menstrual.
OUTROS LABORATÓRIOS
- Quando solicitado "Quantificação de Proteína M", colocar esta informação no campo "Observação", no momento do cadastro.
- Quando solicitado "Pesquisa de Proteína M", o médico deverá especificar se o exame desejado é "Eletroforese de Proteínas" ou "Imunofixação"
COLETA
- Ao receber o material verificar o volume urinário total:
. Até 04 anos: questionar volume > 500 mL.
. 05 a 09 anos: questionar volume > 700 mL.
. 10 a 14 anos: questionar volume > 1000 mL.
. maiores de 15 anos: questionar volume > 2500 mL ou < 500 mL.
- Investigar se o paciente seguiu as instruções corretamente ou se tem
algum problema que cause excesso de urina, por exemplo, diabetes.
- Atenção: se criança até 10 anos, informar peso e altura.
CONSERVAÇÃO
- Até 3 dias refrigerado entre 2 a 8 ºC.
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO
- Urina recente.
COMENTÁRIOS
É usada como triagem de anormalidades nas proteínas séricas. Em um soro normal, usualmente
5 bandas (albumina, alfa1, alfa2, beta e gama) são visíveis. O uso da eletroforese capilar
permite, ainda, devido à sua alta resolução, a separação dos picos de Beta1 (transferrina
e hemopexina) e Beta2 (Complemento C3), o que resulta em um padrão de seis bandas. Essa
característica permite ganho adicional na avaliação de pacientes com gamopatias
monoclonais. Permite, ainda, uma maior taxa de detecção de bisalbuminemia. Bandas
intensamente coradas das regiões alfa a gama, em áreas que normalmente não contém
proteínas, sugerem imunoglobulinas monoclonais. Bandas múltiplas, ausência de bandas ou
mobilidade diferente da normal podem ocorrer por variantes genéticas. A eletroforese de
proteínas em gel de agarose do líquor é largamente utilizada na procura de bandas
oligoclonais, definidas como duas ou mais bandas discretas na região gama que estão
ausentes ou em menor intensidade em eletroforese de soro concomitante. A imunofixação, em
geral, é preferida por fornecer melhor resolução e ter habilidade para identificar bandas
de imunoglobulinas específicas. Bandas oligoclonais no líquor têm sido identificadas em
83% a 94% dos pacientes com Esclerose Múltipla estabelecida, 40 a 60% dos casos prováveis
e 20 a 30% dos casos possíveis. Também são observadas em quase todos os casos de
panencefalite subaguda esclerosante, em 25 a 50% das infecções virais do sistema nervoso
central, nos casos de neuroborreliose, meningite criptococica, neurosífilis, mielite
transvera, carcinomatose meningea, glioblastoma multiforme, linforma de Burkitt,
polineuropatia recorrente crônica, Doença de Behcet, cisticercose e tripanossomíase.
Normalmente a urina não apresenta proteínas, ou apenas contém débil banda de albumina e
globulina, uma vez que o glomérulo previne a passagem de proteínas. As funções glomerular
e tubular normais resultam em excreção de proteína inferior a 150 mg/dia. Dois terços da
proteína filtrada é composta de albumina, transferrina, proteínas de baixo peso molecular
e algumas imunoglobulinas. O restante, como a glicoproteína Tamm-HJorsfall advem do
próprio trato urinário. Eletroforese de proteínas na urina separa as proteínas de acordo
com sua carga e permite a classificação do tipo de injúria. Um padrão normal de
proteinúria consiste de albumina e ocasionalmente traços de bandas alfa1 e beta. A
eletroforese de urina concentrada pode não detectar cadeias leves por falta de
sensibilidade, sendo a imunofixação o próximo passo. Padrões de alterações da eletroforese
de proteínas na urina: 1) Proteinúria glomerular (lesão mínima, glomerulonefrite,
nefropatia diabética): aumento da albumina e bandas alfa1 e beta1; 2) Proteinúria tubular
(lesao medicamentosa, pielonefrite, doença renal vascular, rejeição a transplante):
aumento de albumina, bandas alfa1, alfa2 e beta-globinas; 3) Distúrbios misto glomerular e
tubular; 4) Presença de banda monoclonal.